Ervões pertence ao concelho de Valpaços de cuja sede dista cerca de 10 km. É formada por oito lugares principais, a saber, Sá, Vilar do Ouro, Valongo, Ervões, Alpande. Lamas, Sadoncelho, Alfonge e ainda uma quinta conhecida como Quinta do Cabeço. O orago da freguesia é São João Batista, celebrado anualmente a 24 de junho.
Apesar de Ervões ter sido criada como freguesia independente apenas em 1836, a sua povoação existia já desde, pelo menos, do inicio da nacionalidade. A ocupação humana no seu território, será no entanto, mais ancestral, pelo menos a julgar pelos vestígios arqueológicos existentes na localidade; é o caso do castro de Lama de Ouriço. No lugar de Sá, próximo do referido castro, existe mesmo um sarcófago e há referência de pedras que parecem indicar a existência de construções.
A paróquia de Ervões pertenceu à Comenda de São João de Corveira, da ordem de Malta, e era dependente do Bispo de Braga.
No início da nacionalidade existia na região o agora extinto concelho de Montenegro que disputava com Chaves a hegemonia da região. Em 1321, um habitante de Ervões, Pedro Rodrigues foi um dos representantes da Terra de Montenegro, na disputa com Chaves, porém D. Dinis acabaria por revogar o foral de Montenegro em favor de concelho de Chaves que se tornaria um grande concelho medieval.
Ervões terá pertencido, segundo Veloso Martins, ao concelho de Monforte do Rio Livre, até à extinção deste em 1853, integrando então o concelho de Valpaços; no entanto, outros autores apontam a pertença de freguesia ao concelho de Chaves, situação essa mais coerente com a História da freguesia e freguesias limítrofes. Ervões Estava sujeita à justiça de Chaves e teria um juíz de Vintena, situação comum às localidades com mais de vinte vizinhos.
Do património local destaca-se o cruzeiro de Sá, o sarcófago existente na igreja matriz, a igreja de Santa Luzia e as várias capelas disseminadas pela freguesia. A localidade de Sá, que assenta nas fraldas da serra homónima, fica na fronteira entre as denominadas "Terra Quente" e "Terra Fria" transmontanas.
A agricultura é a atividade económica de maior tradição e devido à localização na transição entre terra quente e terra fria as produções agrícolas são muito ricas, abundando na "terra quente" a amendoeira e a oliveira e na "terra fria" o centeio, a batata e a castanha.
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